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Última mesa redonda do Congresso do Bicentenário tem como eixo temático a religião

28/03/2024

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Créditos: Karem Rodrigues



Nesta quarta-feira, 27 de março, ocorreu a última mesa redonda do Congresso do Bicentenário de São Leopoldo. O eixo temático da vez foi sobre religião, com a mesa moderada pelo Prof. Dr. Oneide Bobsin, a palestra contou com a participação de Ricardo Willy Rieth e Wilhelm Wachholz, doutores em Teologia.

Wilhelm Wachholz, deu início ao diálogo falando sobre o luteranismo. “Quando eu me proponho a falar do luteranismo, eu faço porque nesse ano que estamos no Bicentenário da Imigração Alemã, nós também temos que falar do bicentenário da presença Luterana no Brasil” explicou. 

O recorte feito pelo professor durante sua fala, deu ênfase na cidadania e nos direitos civis durante a chegada dos Imigrantes. “Quando falo de direitos e deveres quero trazer exatamente esses pontos. As discussões dos direitos civis de uma população minoritária num contexto de uma religião oficial de mais de 300 anos”, afirmou.

Wilhelm Wachholz contextualizou a chegada dos imigrantes alemães no Brasil com as transformações que ocorriam na Europa. A explosão do vulcão Monte Tambora, em 1815 foi um dos exemplos citados, onde o clima no mundo foi impactado, o desastre ambiental bloqueou parte da incidência solar e resfriou o planeta. 

Lugares de Memória

O professor Ricardo Willy Rieth deu seguimento as falas da mesa dialogando sobre memórias coletivas e contemporaneidade. A explicação inicial ocorreu com os lugares materiais ocupados pela memória e sentidos, os lugares funcionais que alicerçam memórias coletivas e os lugares simbólicos que produzem e expressam identidades. 

“Aqui em São Leopoldo esse lugar de memória fica na Praça do Imigrante e o monumento que foi inaugurado em 1924 a partir das doações feitas por todo o estado. Nós temos que olhar para a imigração a partir da rodoviária, a partir da estação Rio dos Sinos, a partir da estação São Leopoldo, também da BR-116, que são as vias e caminhos que estabelecem os processos migratórios”, elucidou Ricardo.

Além de falar sobre os lugares de memória, o professor também lembrou de como foi o Centenário da Imigração Alemã no Brasil, em 1924. Ricardo mostrou alguns trechos do livro “Cem Anos de Germanidade no Rio Grande do Sul. 1824-1924”, inicialmente lançado somente em alemão, essa obra foi feita por diversos autores, em sua maioria desconhecidos, porém organizada pelo Pe. Theodor Amstad.

Contextualizando com a contemporaneidade

Ao final, Ricardo Rieth, mostrou dados que explanam a quantidade de pesquisas e teses feitas até 2023 sobre a Imigração Alemã no Brasil. “Uma grande contribuição para subsidiar esse entendimento sobre a Imigração Alemã são os trabalhos e pesquisas que nós temos”, explicou.

No google acadêmico foram encontrados mais de 15 mil resultados para os descritores de Imigração Alemã, após o levantamento do professor. No catalogo da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) foram encontrados 193 resultados de pesquisas, teses e dissertações sobre a temática. 

[Texto e foto: Karem Rodrigues – estagiária de Jornalismo | Supervisão: Lisandro Lorenzoni – Jornalista MTb 12.480 | Scom/ PMSL]

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