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Uma refeição comunitária foi organizada pelos indígenas Kaingang da Aldeia Por Fi Ga nesta sexta-feira, 19 de abril. A manhã foi de confraternização na data que se instituiu como o Dia dos Povos Indígenas. A cultura Kaingang foi celebrada com comida típica, vestimentas e a pintura nos corpos que seguem sua tradição, perpassando as gerações.

Para o conselheiro da comunidade, Dorvalino Cardoso, este não é um dia de festa, mas de reflexão sobre os direitos indígenas que estão previstos em lei, mas precisam ser cumpridos pelo Estado, assim como de resgate da história dos povos indígenas que já viviam no Brasil antes da chegada dos colonizadores. 

Dorvalino Carvalho destacou a importância da relação de toda a sociedade com a comunidade indígena, de reconhecer seu espaço, sua cultura e sua história. 

“Para fazer uma parceria, uma amizade, é muito importante o diálogo. Porque hoje na sociedade muitas pessoas precisam se dar as mãos para fazermos uma boa política e atendimento de igual para igual”, analisa. 

A indígena Sueli Khey fez pintura em algumas das crianças e adolescentes da comunidade e falou que a arte indígena Kaingang tem significado específico e é sagrada. Khey ressaltou que este é um dia de luta, de resistência dos povos indígenas e destacou a importância de uma formação qualificada para os indígenas e que as pessoas conheçam a história que foi omitida da história oficial, como um dever público, com ações desenvolvidas pelos órgãos governamentais. 

Os representantes da Secretaria Municipal de Direitos Humanos (Sedhu) fizeram uma visita hoje pela manhã: o chefe do Departamento de Igualdade Racial, Anderson Bittencourt, conhecido Mano Astral, a diretora de Políticas de Direitos Humanos, Salete Souza, e a psicóloga Vilene Moehlecke. 

Mano Astral destacou a importância do respeito à cultura ancestral. “Importante construirmos esta relação de respeito e confiança nos aproximando dos povos indígenas para que possamos devolver e efetivar os seus direitos que estão assegurados em lei”, afirmou. 

O território indígena em São Leopoldo fica localizado no bairro Feitoria e reúne 80 famílias.

[Foto e texto: Vanessa Bueno - Jornalista MTb.11.299 | Scom/PMSL]