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A convite da nova gestão, Conselho Municipal de Saúde visita Fundação Hospital Centenário 

07/02/2025

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Créditos: Romeu Finato

Transparência é a palavra de ordem em 2025 na Fundação Hospital Centenário (HC). Com esse objetivo, o presidente da instituição Ricardo Silveira convidou os integrantes do Conselho Municipal de Saúde (CMS) para uma vistoria dos principais setores que compõem o hospital com o intuito de mostrar o raio-X do que foi encontrado no dia 1o de janeiro e buscar soluções conjuntas.

Antes de iniciar o percurso, Silveira reuniu os integrantes em seu gabinete para um relato sobre a condição atual do HC e salientar a importância do conselho na fiscalização das ações. "Encontramos um hospital sem higienização, com atraso de quatro a cinco meses nos contratos. Faltavam inclusive insumos para a produção de alimentos. Constatamos uma ausência de controles nos materiais médicos hospitalares, medicamentos. Nos deparamos com uma falta quase geral de insumos. Ficamos surpresos com a situação do bloco cirúrgico que exige reparos imediatos. Me surpreendeu o fato de um hospital referência para mais de 30 municípios não ter em seus quadros engenheiros, arquitetos, enfermeiros e técnicos de segurança do trabalho. É necessário cuidar de quem cuida. Estamos encontrando dificuldade na localização de alguns bens. Um inventário deverá estar concluído até o final de fevereiro", enumerou.

"O Hospital Centenário não tem contador no quadro próprio. Há 16 anos não tem concurso público. E eu me deparo com as contas em estado crítico. Pedimos apoio da Secretaria da Fazenda nos cedendo um profissional para qualificar a área contábil", acrescentou.
O presidente chamou de "temerária" a situação relativa às terceirizações e lamentou a falta de exigência de qualificação para assumir cargos estratégicos. "Contamos com apenas 52 médicos no quadro próprio da instituição. É fundamental ter servidores permanentes, pois isso gera um compromisso com a comunidade e vínculos", ressaltou.

Após a conversa, onde todos tiveram a oportunidade de contribuir, o grupo de conselheiros visitou dependências da instituição e áreas de apoio onde representantes viram o armazenamento de móveis e equipamentos médicos hospitalares abandonados, que serão removidos na próxima semana. Por fim, os integrantes do CMS conheceram o Centro Cirúrgico, que apresenta graves falhas no piso, dificultando a circulação de usuários e profissionais, incluindo o trânsito de macas e cadeiras de rodas em rampas improvisadas feitas de madeira.

“Não se faz saúde sem controle social” 
O conselheiro André Rotta, que representa a entidade Instituto 2024 no conselho, revelou que, ao longo do tempo, o CMS perdeu sua capacidade de acompanhar e fiscalizar. “Um caminho foi destruído. Esse convite, para estarmos aqui, foi muito importante. Espero que agora, com essa liberdade, a entidade volte a ter a possibilidade de fiscalizar. Queremos estabelecer, a partir de agora, um canal de informação. Assim, a gente começa a conhecer a realidade”, destacou.
A ideia foi endossada pelo presidente Silveira, que destacou o importante papel do Conselho Municipal e Saúde e propôs um debate técnico sobre as condições da instituição. “Temos que nos despir de amarras históricas para isso. A presença de vocês é estratégica. Não se faz saúde sem controle social. Entendo que a legalidade, publicidade, moralidade, transparência e a impessoalidade são peças chaves para uma boa administração. Quero estabelecer essa participação. Valorizo o vínculo e a questão presencial. Sei o papel da gestão, dos trabalhadores e da sociedade civil organizada. Nós precisamos ser exemplos com o trato com a coisa pública”.

Reorganizar o hospital
Diante dos representantes do conselho, Ricardo Silveira apontou caminhos para que a instituição volte a ser motivo de orgulho para os leopoldenses. O primeiro deles é suprir as necessidades básicas. “Abastecer o hospital é a nossa maior preocupação. Como informei, faltava desde alimentos até a questão da higienização passando por insumos e medicação. Estamos aos poucos colocando em dia essas situações. Em um segundo momento, vamos fazer um senso do hospital, ou seja, ver quem trabalha e onde trabalha. Por isso solicitamos o retorno de 45 profissionais cedidos. Em seguida, senso dos terceirizados. Saber se realmente cumprem as demandas que foram assinadas. Estamos revisando todos os contratos. Vamos nos debruçar no estatuto. Temos que debater que hospital a cidade precisa”, finalizou.

O presidente do CMS, José Carlos Pereira, falou das dificuldades históricas e agradeceu a oportunidade de diálogo. “Temos um grande desafio financeiro. É uma satisfação conversar. Obrigado pela abertura que o senhor está dando aqui. Estamos à disposição”, sublinhou. Também participaram da visita os conselheiros: Eliziane Miguel (vice-presidente), Estela Junges (Fundação Municipal de Saúde), Agnes Diesel (Instituto 2024), Izabel Oliveira (Associação de Lúpus) Roberta Wobeto (Acist) e Clediana Langner (Coopercultura). 

Texto e foto: Jornalista Romeu Finato - MTb. 12.042
Superintendência de Comunicação da Prefeitura de São Leopoldo

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