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Seminário discute as relações entre patrimônio imaterial e racismo estrutural

31/10/2023

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Créditos: Bruno Zabka


O racismo estrutural é um conjunto de práticas, hábitos, situações e falas presentes no dia a dia da população que perpassam por todas as estruturas que sustentam a sociedade e promovem, mesmo que sem a intenção, o preconceito e o racismo. Nesta segunda-feira (30), o professor José Antônio dos Santos concedeu uma palestra na Escola de Gestão Pública de São Leopoldo (EGP) sobre esta temática.

O encontro foi promovido pela Secretaria Municipal de Direitos Humanos (SEDHU), através do Departamento de Igualdade Racial e do Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial (CMPIR) e contou com o apoio da Secretaria Municipal de Cultura e Relações Internacionais (Secult) e da EGP, que certificou os participantes.

O professor José Santos falou sobre a ligação direta entre o patrimônio imaterial com o racismo estrutural. “Embora tenhamos toda uma legislação que defina o que seja patrimônio material e imaterial, é pouco respeitado o fato de quão diversa a sociedade é", destacou. O painelista explicou que o patrimônio imaterial é aquele que está associado com os ofícios, costumes e tradições. "Esse patrimônio está muitas vezes diretamente relacionado com os grupos indígenas, que não é devidamente valorizado como outras culturas", analisou.

Na mesma linha, a secretária de Direitos Humanos, Nadir Jesus, afirmou a necessidade de dialogar sobre as questões das relações étnico raciais. “Infelizmente, ainda vivemos e presenciamos crimes de racismo. O doutor José Antônio trouxe de uma maneira didática e interativa essas reflexões”, enfatizou.

O agente administrativo da Secult, Edson Dutra, é representante da secretaria no CMPIR. O servidor relatou o trabalho importante desenvolvido pela secretaria em pautas de defesa cultural da cidade. Da mesma forma, a chefe do Departamento de Igualdade Racial, Adriângela Cabral Jacob, respaldou as políticas culturais na esfera regional. "Interpretar a cultura hoje passa também pelas novas formas de estar juntos. Questões de gênero, sexualidade, raça, etnia e classe social, mas também noções de pertencimento e memória, são algumas das temáticas pelas quais a cultura se expressa, enquanto espaço permanente de disputa. As políticas identitárias, os ativismos sociais e as lutas afirmativas são ações que articulam memórias e dão contornos ao patrimônio cultural", frisou Adriângela.

[Texto e foto: Bruno Zabka - Estagiário de Jornalismo | Supervisão: Vanessa Bueno - Jornalista MTb.11.299 | Scom/ PMSL]
 

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