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A roda de conversa sobre a “Pessoa com Deficiência - Inclusão e Cuidado” trouxe o ponto de vista dos cuidadores sobre o tema. A atividade foi realizada nesta quarta-feira, 21 de agosto, pela Secretaria Municipal de Direitos Humanos (Sedhu), em formato on-line, coordenada pela psicóloga Adrissa Moura que conduz o projeto “Cuidando de quem cuida” e colaboração da assistente social da Sedhu, Gabriela Chaves.

A secretária de Direitos Humanos, Adriângela Cabral Jacob, deu as boas-vindas, e reforçou a importância dos momentos de conversa com a comunidade que contribuem para a construção de uma sociedade mais justa e inclusiva para todos. “É fundamental trazer os temas relacionados à deficiência e altas habilidades para a Semana Municipal, pois fortalece a visibilidade destas questões, assim como pode levar à criação ou melhoria de políticas públicas, contribuindo para uma sociedade mais inclusiva e equitativa”, frisou.

Foi convidada para o evento, a assistente social, mestre em Serviço Social, especialista em Política de Assistência Social e membro do Grupo de Estudo e Pesquisa em Violência (NEPEVI) da PUCRS, Clarissa Constant de Constant. Ela falou sobre as barreiras existentes para inclusão das pessoas com deficiência, tendo como base a sua experiência pessoal, para garantir a sua formação acadêmica e profissional. Clarissa Constant contou sobre todo o apoio que teve, principalmente de sua mãe e destacou a importância do projeto com atenção para os cuidadores. 

Dentro deste contexto, Clarissa Constant falou sobre as barreiras que encontrou em sua trajetória, que não foram apenas estruturais, mas também barreiras atitudinais. Com pessoas que colocam seu olhar de preconceito, ou que colocam a pessoa com deficiência com um exemplo, com um olhar de superação. Entretanto, segundo Clarissa, isto também é considerado como capacitismo, pois o acesso para as pessoas com deficiência é o que deve ser feito. “A gente pensa muito em um padrão estabelecido, mas é preciso pensar em outras possibilidades. O trabalho formal talvez não seja por aí. Se for olhar para minha história, tenho graduação e mestrado e não consegui trabalhar no mercado formal, precisei trabalhar como empreendedora”, contou. 

Constant defende que momentos de reflexão são importantes para enfrentar as barreiras, para pensar em políticas públicas e pensar no trabalho. “O trabalho é forma de sobrevivência não só financeira, mas social também”, afirmou. A pesquisadora defende que os espaços sejam pensados para acesso e permanência das pessoas com deficiência, que haja o acompanhamento das políticas públicas e participação social. 

A roda de conversa teve a participação de algumas mães que compõem o projeto “Cuidando de quem Cuida”. Juliana Gonçalves e Jenifer da Rosa ressaltaram a importância deste projeto para que possam fazer trocas de informações com outras pessoas e ter acesso ao suporte psicológico. Sobre os avanços necessários para a inclusão na sociedade, as mães destacaram a rede de apoio para os cuidadores, espaços acessíveis e a aplicação efetiva da legislação existente para a qualidade de vida e garantia de direitos das pessoas com deficiência. 

A agenda faz parte da programação da 6ª Semana dos Direitos das Pessoas com Deficiência, Mobilidade Reduzida e Altas Habilidades/Superdotação e está integrada à XXX Semana Estadual da Pessoa com Deficiência pela Fundação de Articulação e Desenvolvimento de Políticas Públicas para PcD e PcAH no RS. As atividades seguem até o dia 23 de agosto, organizadas pelo Conselho Municipal de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência, Mobilidade Reduzida e das Pessoas com Altas Habilidades/Superdotação (Comudepe), Prefeitura de São Leopoldo e entidades parceiras.

Texto: Jornalista Vanessa Bueno – MTb.11.299
Foto: Divulgação

Superintendência de Comunicação da Prefeitura de São Leopoldo