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Seminário debate importância do atendimento no Ambulatório LGBTQIA+ e de políticas de acolhimento focadas para o público

13/12/2024

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Créditos: Foto: Jornalista Romeu Finato - MTb. 12.042

Lançado em dezembro do ano passado, o Ambulatório LGBTQIA+ completa um ano de atuação em São Leopoldo. Para marcar a data e ressaltar a importância do atendimento, a Prefeitura promoveu nesta sexta-feira, dia 13, o 1º Seminário de Aniversário do Ambulatório LGBT+ de São Leopoldo: Enfrentando Preconceitos e Construindo Equidade. O evento, construído em parceria com a Unisinos através do Programa de Educação pelo Trabalho - PET Saúde Equidade, foi acolhido pela Câmara de Vereadores através do Gabinete da Vereadora Nadir Jesus. O debate abordou a data levando em conta o contexto em que a população de pessoas lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, travestis e outras enfrentam diariamente, com barreiras no acesso a serviços de saúde convencionais, seja por preconceito, discriminação, falta de profissionais capacitados ou falta de conhecimento sobre questões de saúde específicas da população LGBT +.

O seminário foi dividido em duas partes. Pela manhã, no Círculo Operário Leopoldense (Col), ocorreu uma discussão sobre vivências reflexivas. O pedagogo e mestrando em Diversidade e Inclusão da Unisinos, Ruan Carlos Sansone, falou da importância da aplicação da interseccionalidade, ou seja, reconhecer que existem desafios na própria sociedade pela sua construção social preconceituosa. “Por isso precisamos de ações afirmativas, questionar quais espaços de acolhimento temos na estrutura da nossa cidade e promover práticas inclusivas e grupos de afinidade, que são espaços seguros para colaboração e troca de experiências”, apontou.

A professora da Unisinos Laura López propôs pensar nos ciclos de vida, em especial, na população trans e reforçou a ideia de fortalecer ações afirmativas e criar espaços de acolhimento, do qual o ambulatório é um grande exemplo. Para isso citou a pesquisadora Viviane Inês Weschenfelder. “Precisamos reconhecer que os sujeitos são diferentes entre si e que essas diferenças fazem parte da coletividade”, ressaltou.

O princípio de equidade no Sistema Único de Saúde (SUS) é um dos seus princípios fundamentais que busca reconhecer as necessidades, diversidades e especificidades de cada cidadão ou grupo social. “Isso significa reconhecer que todos precisam de atenção, mas não necessariamente dos mesmos atendimentos, sendo necessário reconhecer as necessidades de grupos específicos e atuar para reduzir o impacto das diferenças”, ressaltou a psicóloga Alessandra Mirón, que atua no ambulatório ao lado do assistente social Emerson Fontineli. 

No turno da tarde, foi realizada a Audiência Especial sobre a experiência de um ano do ambulatório LGBT+ e as perspectivas para o futuro do serviço. O espaço, inaugurado há 1 ano na unidade básica de saúde (UBS) Campina, é composto por profissionais de psicologia, nutrição e serviço social. Por conta da enchente, a equipe foi deslocada para o Centro Médico Capilé, onde se fixou por ser mais centralizado. O atendimento ocorre de segunda a sexta-feira, das 13h às 18 horas. “Ao longo do primeiro ano de funcionamento identificamos que a maior parte da população usuária é de pessoas transgênero, em busca de processos de afirmação de gênero. Diante disso, se coloca como movimento necessário uma transição na proposta do atendimento”, acrescentou Alessandra.

A atividade contou com a presença e participação da diretora de Políticas Públicas em Saúde, Gicela Beatriz Leal Timponi, e do Ouvidor da Prefeitura e ativista Daniel Passaglia.


Texto e foto: Jornalista Romeu Finato - MTb. 12.042

Superintendência de Comunicação da Prefeitura de São Leopoldo

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