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A secretária-adjunta da Saúde de São Leopoldo, responsável pela pasta, Lisiane Machado Bitencourt da Silva, recebeu a coordenadora Estadual da Política de Controle da Hanseníase, Márcia Lira, na manhã desta quarta-feira, 5 de fevereiro, no gabinete. O encontro teve como objetivo alinhar as ações para a retomada do programa municipal de controle da hanseníase e estabelecer o fluxo do trabalho, que inclui a visita aos pacientes, reavaliação dos casos e avaliação de contatos (pessoas que estiveram com pacientes). 

“São Leopoldo estava há dez anos sem a política e agora estamos retomando”, afirmou a secretária. De acordo com Lisiane Bitencourt, em um segundo momento será recomeçada a educação permanente relacionada ao tema voltada a qualificar o diagnóstico, acompanhamento e o tratamento da doença. “A hanseníase tem cura e o tratamento é oferecido pelo SUS gratuitamente”, destacou a secretária.

Segundo Márcia Lira, o Estado está procurando que os municípios façam uma busca de pessoas e contatos domiciliares dos pacientes para promover o controle da doença. “A Secretaria Estadual da Saúde/RS está ajustando o Estado ao novo protocolo da hanseníase, com capacitações planejadas para abranger a Atenção Básica, preparando a rede para atender os pacientes de forma integral, diagnosticando e referenciando à Atenção Especializada quando preciso”, ressaltou.

De 2015 a 2023, o município teve 31 casos notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan). A enfermeira da Vigilância em Saúde, Patrícia Vitória Pires, avalia que, com um programa bem estruturado no município, a Secretaria terá mais chance de fazer diagnóstico precoce, antes das incapacidades se instalarem nos pacientes. “Os casos notificados de São Leopoldo podem não parecer tanto, mas a grande maioria já vem com um grau elevado de incapacidade e isto é muito impactante na vida das pessoas”, enfatizou.  

Também participaram da reunião, as representantes da Secretaria Municipal da Saúde: a diretora de Atenção Básica, Samanta Seibel; e a diretora da Média Complexidade, Karine Santos. 

Sintomas
O atendimento à população com suspeita da doença é feito nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). Os principais sintomas são: manchas no corpo com perda de sensibilidade para calor, dor ou tato; formigamentos, agulhadas, câimbras ou dormência em braços ou pernas; nervos engrossados e doloridos, feridas difíceis de curar, principalmente em pés e mãos; diminuição da força muscular e dificuldade para pegar os objetos, ou manter calçados abertos nos pés; áreas da pele muito ressecadas, que não suam, com queda de pelos. 

Texto e foto: Vanessa Bueno – Jornalista MTb.11.299 
Superintendência de Comunicação da Prefeitura de São Leopoldo