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Feira Intercultural promove dia de acolhimento e integração no Ginásio Municipal Celso Morbach
27/06/2025
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Créditos: Pedro Selistre

A Feira Intercultural de São Leopoldo promoveu um espaço de integração entre pessoas de diferentes culturas nesta sexta-feira, 27 de junho. A atividade foi realizada no Ginásio Municipal Celso Morbach com a participação de estudantes e professores das Escolas Municipais de Ensino Fundamental Olímpio Albrecht, Edgard Coelho, Maria Edila e Álvaro Nunes, instituições de ensino do município com maior número de alunos migrantes e as organizações responsáveis pelo evento.
A programação contou com a apresentação da Banda Marcial da Escola Estadual Amadeo Rossi, no turno da manhã. O repertório trouxe músicas tradicionais gaúchas e alemãs. Também foram disponibilizados brinquedos infláveis e lanches para os participantes. Outra atração da Feira foi a Expo Black, feira de produtos e expositores afro-brasileiros e exposição dos produtos da comunidade kaingang Por Fi Ga. O secretário municipal de Educação, Jéferson Falcão, prestigiou a atividade com a equipe da Smed.
Os estudantes que fizeram visita à Feira se divertiram durante a atividade. Alessandro, 8 anos, que veio da Argentina em janeiro de 2025, abriu um sorriso para contar do que mais gostou: ¿das brincadeiras¿, afirmou, da mesma forma o estudante Renni, venezuelano, 10, estava animado. Ambos meninos são estudantes da Escola Olímpio Albrecht.
A Feira Intercultural foi organizada pelo Núcleo de Estudos das Relações Étnico-Raciais (Nerer/SMED), Secretaria Municipal de Direitos Humanos (Sedhu), Comitê de Atenção a Migrantes, Refugiados, Apátridas e Vítimas de Tráfico de Pessoas de São Leopoldo (Comirat/SL), Serviço Jesuíta a Migrantes e Refugiados (SJMR), Faculdades EST e Cátedra Sérgio Vieira de Melo da Universidade do Vale do Sinos (Unisinos). Esta atividade marcou o encerramento da Semana do Migrante e Refugiado de São Leopoldo.
A presidente do Comirat/SL, psicóloga da Sedhu e professora da Unisinos, Vilene Moehlecke, destacou que a Feira foi fruto de um trabalho articulado entre parceria das secretarias municipais, como a Sedhu, Smed e Sepom, das instituições como a Faculdades EST, do SJMR da Unisinos. ¿São muitas pessoas que organizam e pensam ações para a comunidade migrante de São Leopoldo. Nós temos diferentes nacionalidades e é muito importante acolher e respeitar as diferentes pessoas e diferentes culturas¿, ressaltou.
A assessora do Nerer, Paula Emcke, falou sobre a importância da feira para a aproximação entre as culturas e diferentes nacionalidades, assim como para fortalecer o empreendedorismo negro presente na Expo Black. De acordo com Paula Emcke há cerca de 280 estudantes migrantes, de diferentes países, matriculados na rede municipal de ensino, e o Nerer é o responsável pelo assessoramento às escolas.
Parcerias
A professora e coordenadora do Grupo Identidades da Faculdades EST, Selenir Krombauer, ressaltou a importância das parcerias, em especial para um dos projetos da instituição Mulheres na Igreja e na Sociedade, que é a aula de português para mulheres migrantes que morram no bairro Arroio da Manteiga. A iniciativa conta com apoio da Smed, Centro de Espiritualidade Padre Arturo (CEPA), SMJR. O Grupo Identidades faz parte do Comirat. ¿O objetivo do Grupo Identidades é formar estas redes de apoio¿, enfatizou.
A psicóloga do Serviço Jesuíta a Migrantes e Refugiados, Vanessa Gregoviski, falou que iniciaram suas atividades em São Leopoldo em fevereiro de 2024 e atuam para o acolhimento dos migrantes e refugiados para identificarem e entenderem suas demandas. Ela contou sobre a importância a presença do SJMR em São Leopoldo, especialmente durante a enchente quando auxiliarem os migrantes e refugiados em diversas necessidades. O SMJR trabalha em parceria com projetos, que viabilizam eventos como a Feira Intercultural de São Leopoldo que é voltada para a promoção da coexistência pacífica.
ExpoBlack
Janaína Leal foi uma das expositoras com suas bonecas de pano afros. Janaína trabalha há 30 anos com artesanato, fazendo as bonecas e crochê. Ela conta que seguiu os passos da mãe que era costureira. ¿É muito gratificante. Desde criança fazia bonecas, primeiro de papel, depois comecei com as de pano. Vou fazendo como se fossem para mim e vou melhorando sempre¿, afirmou ao destacar que também é uma forma de mostrar a cultura afro. Janaína contou que as crianças costumam levar mais de uma boneca e que seus artigos são usados por professoras em sala de aula.
Também presente na Feira, o expositor Carlos Alberto da Silva, levou seus produtos artesanais feitos em MDF e outros materiais. Ele apresentou acessórios e jogos pedagógicos que valorizam a cultura negra trazendo a história e a cultura afro-brasileira, para a população em geral e para uso nas escolas como ferramenta para aplicação da lei 10.639. Em suas peças presentes na feira, ele apresentou os Adinkras símbolos dos povos Ashanti da cultura africana, que trabalhavam com ferro e metais como o ouro. ¿A Expo Black é importante para fazermos a divulgação do afro empreendedorismo, da nossa cultura e da nossa arte, pois não se encontra em qualquer lugar¿, comentou. Além das feiras, os expositores da Expo Black também vendem seus produtos pela internet.
Texto: Vanessa Bueno ¿ Jornalista MTb.11.299
Colaboração: Kauane dos Santos
Foto: Pedro Selistre/ PMSL
Superintendência de Comunicação da Prefeitura de São Leopoldo
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