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Projeto da Secretaria da Saúde mistura tradição e cuidado com a saúde no mês de setembro

25/09/2025

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Créditos: Romeu Finato

O Setembro Amarelo é o mês que chama atenção para a saúde mental. No entanto, na rede municipal de São Leopoldo, a preocupação e o cuidado com o tema ocorre diariamente. Um exemplo é o Projeto Oficineiros, ligado à Secretaria da Saúde, que atua nos bairros. Nas quintas-feiras, é o dia de dança no salão da Associação de Moradores do Bairro Vicentina (Ambav). Há mais de dez anos, a educadora física Milena Maculan desenvolve atividades rítmicas e de expressão corporal. 
Por meio dessas práticas, o município promove, durante o ano todo, saúde mental, alegria e bem-estar aos usuários, utilizando a atividade física como ferramenta de cuidado integral. No mês de setembro, o grupo, que conta com cerca de 40 participantes, juntou tradição gaúcha e cuidado com a saúde mental. Vestidos de amarelo e com muita disposição, os integrantes cantaram, dançaram e refletiram sobre a importância de estar vivo. "Estamos sempre fazendo festa e sendo feliz. A nossa atividade de educação física trabalha a saúde como um todo, principalmente a mental", destacou a professora Milena. 
Uma das mais empolgadas era dona Vitória Selau, de 75 anos. Moradora há mais de cinco décadas do bairro, dona Vitória frequentou por muito tempo o projeto Viver Bem no ginásio municipal, mas agora optou por fazer as aulas mais próxima de casa. "O dia que tem atividade eu levanto cedo. Me arrumo. É tudo de bom. Tem tudo aqui perto agora", relatou no intervalo entre uma coreografia e outra.
A secretária da Saúde Kelbe Gonçalves visitou o grupo e falou da importância do tema da saúde mental, que atualmente lidera os atendimentos nas unidades básicas de saúde. "Isso mostra o quanto esse tema ganhou importância". Kelbe sublinhou que o cuidado com o bem-estar começa perto de casa, com a conversa com os vizinhos, com afetos e com as trocas. Tudo isso apoiado com a cobertura da rede municipal nos bairros. "Me sinto realizada por conhecer pessoas como vocês nessa caminhada e levar esses projetos até as pessoas nos territórios. A gente conhece os núcleos e se apaixona por esse vínculo que acontece entre pacientes, moradores, profissionais e equipes de saúde", ressaltou.


Enchente e o impacto na saúde mental


O trabalho no bairro Vicentina tem um olhar diferenciado. Isso porque o bairro foi um dos mais atingidos pela tragédia climática de maio de 2024.  O professor Jonathan Moraes, da Fundação Municipal de Saúde (FMS), confirma que a localidade segue a tendência de demanda grande em saúde mental reforçada pela questão da cheia. "Ouvimos isso a todo momento e trouxemos isso para o acolhimento. Além disso, os filhos casam, moram em outras regiões, então as pessoas perdem sua rede familiar. Observamos frequentadores que moravam no bairro e não se conheciam e agora enxergam aqui uma oportunidade de socialização¿". Moraes relata que as atividades multiprofissionais oferecidas pela Prefeitura vão além da dança. ¿"Temos grupo de caminhada, antitabagismo, saúde do idoso e diversas oficinas". A importância das ações é demonstrada pela aposentada Bernardino Conceição, 66 anos, que ingressou nesse ano no grupo. "Passei pela enchente, perdi meu esposo. Isso aqui me ajudou muito. É muito importante esse trabalho realizado pela secretaria, eu ficava dentro de casa", recorda.

 

O Núcleo de Apoio à Atenção Primária

 

A rede municipal conta com uma série de equipes que atuam em colaboração com as unidades básicas de saúde (UBS). Entre a lista de profissionais estão psicólogos, psiquiatras, fisioterapeutas, nutricionistas, terapeutas ocupacionais, sanitaristas, fonoaudiólogos, farmacêuticos, assistentes sociais e educadores físicos. A parceria conta com o apoio de professores e residentes da Unisinos.
Projeto dos Oficineiros é vinculado a Atenção Básica e coordenados pela Gestão da Saúde Mental. "O trabalho que pode ser realizado tanto dentro das UBS como em Associações próximas delas", explica o gestor da Saúde Mental Mello Silva. Quem tiver interesse em participar dos grupos deve procurar a unidade mais próxima de sua residência.

 


Texto e foto: Jornalista Romeu Finato - MTb. 12.042
Superintendência de Comunicação da Prefeitura de São Leopoldo

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