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Na tarde desta quinta-feira, dia 2, médicos, enfermeiros e agentes comunitários de saúde da rede pública receberam qualificação sobre diagnóstico e tratamento de hanseníase. Para tratar do tema, a Secretaria Municipal da Saúde chamou o palestrante Paulo Moraes, que tem 30 anos de experiência na área e trabalha atualmente no Ambulatório de Dermatologia e Hanseníase do Hospital Sanatório Partenon em Porto Alegre. O encontro reuniu cerca de 40 profissionais no auditório da antiga Prefeitura, na Praça Tiradentes.

De acordo com a enfermeira Patrícia Pires, da Vigilância Epidemiológica, o setor tem dado todo o suporte para as ações. "Essa capacitação ocorre hoje e no dia 9 de outubro, voltada para profissionais da Atenção Básica. O município estava sem ação de controle da hanseníase desde 2015. Todos os pacientes suspeitos e confirmados da doença eram atendidos somente por Porto Alegre".

Após quase dez anos de interrupção, o atendimento da doença em São Leopoldo foi retomado em março deste ano. Ainda não há caso diagnosticado da doença na cidade. "Por isso a importância da retomada do serviço e da capacitação dos profissionais sobre sintoma e diagnóstico. Em casos de confirmação, o Centro Capilé faz a assistência, com médico responsável e uma enfermeira", explica Patrícia.

Sobre a doença

A hanseníase é uma doença infecciosa de evolução crônica causada pelo Mycobacterium leprae - bacilo de Hansen. A principal fonte de infecção pelo bacilo são indivíduos acometidos pela hanseníase não tratados e com alta carga bacilar, que eliminam o M. leprae pelas vias aéreas superiores (transmissão pessoa a pessoa).
O bacilo afeta primariamente os nervos periféricos e a pele, podendo acometer também a mucosa do trato respiratório superior, olhos, linfonodos, testículos e órgãos internos.

Como identificar um caso suspeito

Pacientes que apresentam manchas hipocrômicas ou avermelhadas na pele, perda ou diminuição da sensibilidade em mancha(s) da pele, dormência ou formigamento de mãos e pés, dor ou hipersensibilidade em nervos; edema ou nódulos na face ou nos lóbulos auriculares, ferimentos ou queimaduras indolores nas mãos ou pés.

Onde procurar ajuda

Procurar a unidade básica de saúde (UBS) do seu território. Lá, o médico deve realizar o encaminhamento dos casos suspeitos para a equipe de referência em Hanseníase do Centro Médico Capilé, via sistema GMUS. Os pacientes que tiverem encaminhamento por escrito da rede privada para avaliação ou tratamento podem agendar consulta diretamente no Centro Médico Capilé, durante horário de atendimento da unidade, e apresentando o encaminhamento médico.

Texto e foto: Jornalista Romeu Finato - MTb. 12.042
Superintendência de Comunicação da Prefeitura de São Leopoldo