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São Leopoldo lança Programa de Combate à Esporotricose com foco em animais e saúde pública

30/10/2025

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Créditos: Luana Cezimbra

O prefeito Heliomar Franco assinou um decreto que institui o Programa Municipal de Combate à Esporotricose, uma iniciativa inédita na cidade com o objetivo de conscientizar, prevenir, controlar e tratar a doença causada por fungos. A esporotricose, que tem um caráter zoonótico - ou seja, pode ser transmitida de animais para humanos -, tem gerado preocupação especial após o aumento de casos em felinos no município, especialmente após as enchentes de maio de 2024.

 

Segundo o secretário Municipal de Proteção Animal (Sempa), Claudio Giacomini, o programa é fundamental para a saúde pública. "O combate à esporotricose é acentuada pelo seu caráter zoonótico, ou seja, a capacidade de transmissão do fungo de gatos para humanos e para os próprios animais, o que representa um risco significativo à saúde pública", ressaltou Giacomini. Ele destacou que o tratamento adequado dos felinos é uma medida essencial a curto prazo para conter a disseminação da doença, sendo complementado pela castração contínua. Até o momento, a Sempa já registrou cerca de 240 atendimentos a gatos infectados, sendo que cerca de 20 estão no centro de tratamento da secretaria.

 

A coordenação do programa ficará a cargo da Sempa, que poderá contar com a colaboração da Secretaria Municipal de Saúde, instituições de ensino, organizações da sociedade civil e protetores independentes. Uma das diretrizes centrais do programa é garantir o acesso gratuito ao diagnóstico e ao tratamento da esporotricose para animais em situações de vulnerabilidade. Isso inclui animais de rua, pertencentes a colônias, tutelados por ONGs ou protetores independentes, e aqueles cujos tutores sejam beneficiários de programas sociais como Bolsa Família, Tarifa Social na conta de água ou luz, Devolve ICMS, Minha Casa Minha Vida, São Léo Mais Renda, Fies, BPC e Loas.

 

A esporotricose é uma micose causada pelo fungo Sporothrix schenckii, encontrado naturalmente no solo, palha, vegetais e espinhos. Historicamente, a doença era mais comum em jardineiros e agricultores, mas com o aumento da incidência em animais, especialmente gatos, o contato com arranhaduras ou mordeduras de animais contaminados tornou-se a principal via de transmissão para humanos. É importante frisar que a doença não é transmitida de pessoa para pessoa, apenas pelo contato com meios ou animais contaminados.

 

A boa notícia é que a esporotricose não é considerada grave e tem cura, tanto em humanos quanto em animais. Após avaliação clínica e acompanhamento médico, o tratamento, que pode durar de três a seis meses ou até um ano, deve ser iniciado o mais rápido possível e não pode ser interrompido até a cura completa.

 

Texto:    Jornalista Morgana Saez - MTb. 6.128
Superintendência de Comunicação da Prefeitura de São Leopoldo

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