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São Leopoldo é certificada como cidade modelo no aprimoramento da jornada dos pacientes respiratórios com o Programa Abraçar
06/11/2025
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Créditos: Fábio Pilger
Iniciativa reconhece municípios comprometidos com o fortalecimento da atenção primária no diagnóstico e no cuidado de pacientes com doenças respiratórias
São Leopoldo acaba de conquistar o selo Esmeralda da Cidade Abraçar - certificação que reconhece municípios comprometidos com o fortalecimento da atenção primária no diagnóstico e no cuidado de pacientes com doenças respiratórias. A cerimônia da assinatura do contrato ocorreu na tarde desta quinta-feira, dia 6, no Gabinete da Prefeitura. Entre os avanços que permitiram a certificação estão: o mapeamento da jornada do paciente com sintomas de problemas respiratórios como doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e fibroses pulmonares, com identificação de gargalos e oportunidades de melhoria; a implementação de ações previstas no Plano de Trabalho do programa; e a capacitação de pelo menos 50% da equipe de Atenção Primária em doenças respiratórias.
Além disso, o município estruturou o fluxo para solicitação de espirometria, implantou a estratificação de risco após o exame e realiza o monitoramento mensal da fila de espera - medidas que tornam o cuidado mais eficiente e acessível, contando com a ajuda de médicos da Unisinos. As medidas levaram à redução do percentual de óbitos por DPOC na cidade de 25,56% de janeiro a julho de 2024, para 20% no mesmo período desse ano. De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o tabagismo foi responsável por aproximadamente 37.686 mortes por DPOC no Brasil em 2020, o que equivale a cerca de 103 óbitos por dia.
"Isso é uma grande vitória numa área complicada. Oferecendo tratamento correto, reduz ocupação de leito. Um reconhecimento como esse nos fortalece. Importante motivar os profissionais para continuar buscando excelência", destacou o prefeito Heliomar Franco na solenidade.
A secretária da Saúde Kelbe Gonçalves agradeceu o trabalho em conjunto e enalteceu os resultados apresentados. "Somente em 2025, realizamos mais de 1274 mil espirometrias. Um avanço para São Leopoldo. Sem exame, o paciente não pode tomar o medicamento. A Farmácia Municipal faz a dispensação. A parceria possibilitou a qualificação de servidores sobre a doença e como lidar com os equipamentos", ressaltou.
O consultor da Boehringer Ingelheim, Paulo Francisco, afirmou que, se não tiver organização por parte da administração municipal, não tem como fazer exames e, por consequência, medicar os pacientes. "A estrutura que vocês criaram é fundamental. A única contrapartida que exigimos é gestores engajados. São Leopoldo tem isso. É o primeiro município ser autossustentável na área. O primeiro a ser certificado no Rio Grande do Sul. Tornando o trabalho resolutivo, diminuindo fila na urgência e emergência. Nosso trabalho é desenvolver linha de cuidado. Tornar uma política pública. Temos um compromisso de continuidade e aqui em São Leopoldo encontramos isso", ressaltou.
Programa Abraçar ¿ A iniciativa é coordenada pela farmacêutica Boehringer Ingelheim, por meio do programa Abraçar, que tem como objetivo oferecer suporte aos gestores públicos na qualificação da atenção básica e na construção de uma Linha de Cuidado Respiratória estruturada, eficiente e que contribua com a sustentabilidade do sistema de saúde local. O selo Esmeralda é concedido às cidades que atendem a pelo menos 80% dos critérios técnicos estabelecidos, refletindo um alto grau de compromisso com a saúde da população.
"A Boehringer Ingelheim tem como missão atuar além da disponibilização de tratamentos, buscando constantemente formas de facilitar o acesso das pessoas ao diagnóstico e ao cuidado precoce. Com o programa, contribuímos para uma melhor qualidade de vida e com soluções sustentáveis em saúde pública", explica Thais Melo, diretora médica e de Acesso ao Mercado da Boehringer Ingelheim no Brasil.
Sobre doenças respiratórias
A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e as doenças pulmonares intersticiais - fibrose pulmonar idiopática e fibrose pulmonar progressiva - afetam a capacidade de respirar e podem levar a óbito se não tratadas e diagnosticadas adequadamente.
A DPOC é uma condição progressiva e séria que limita o fluxo de ar nos pulmões e afeta a qualidade de vida dos pacientes, causando sintomas como tosse crônica, expectoração e falta de ar, que muitas vezes impedem a realização de atividades básicas do dia a dia como subir escadas ou fazer pequenas caminhadas. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado diminuem as taxas de exacerbação (crises respiratórias nas quais a falta de ar piora subitamente).
Já as doenças pulmonares intersticiais (DPIs) formam um grupo de mais de 200 doenças que afetam o parênquima pulmonar, com inflamação generalizada e fibrose difusa3. A fibrose pulmonar é uma ameaça comum a um vasto leque de DPIs e Doença Pulmonar Intersticial associada à Doença do Tecido Conjuntivo. A fibrose pulmonar pode se tornar um fator determinante de danos irreversíveis e de mortalidade precoce e exige uma identificação e intervenção urgentes. A progressão da DPI pode levar à Fibrose Pulmonar Progressiva (FPP), marcada pelo aumento contínuo da fibrose.
Superintendência de Comunicação
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