Acessibilidade Contraste Mapa do Site

Notícias

Prefeitura presta atendimento neuropediátrico nos bairros de São Leopoldo

23/11/2025

Compartilhe esse conteúdo:

Compartilhe:

Créditos: Monique Marcolin

Neste sábado, 22 de novembro, houve o atendimento neuropediátrico na rede municipal de saúde de São Leopoldo com a realização de oito consultas na Unidade Básica de Saúde (UBS) Vicentina, atendendo crianças residentes na região Oeste. A iniciativa marca a continuidade da estratégia de levar avaliações especializadas diretamente aos territórios, reduzindo a espera por diagnóstico e acompanhamento.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, as consultas iniciais contemplam crianças vinculadas às UBS Vicentina e Paim. Posteriormente, a ação será estendida de forma gradual às demais regiões, contemplando cerca de 700 crianças e jovens que aguardam há mais de um ano pela primeira consulta especializada. A expectativa é que as crianças cadastradas para o atendimento especializado, da região oeste, sejam atendidas até dezembro. As consultas estão sendo agendadas conforme fila de espera, por telefone, por isso, caso a família tenha trocado de contato, é importante atualizar os dados na unidade de saúde de referência.

As avaliações são realizadas por neuropediatra com suporte da equipe multiprofissional da Atenção Básica. Os agendamentos ocorrem mediante indicação clínica da própria unidade  de saúde através do trabalho dos agentes de saúde. A proposta inclui avaliação e a elaboração de Projetos Terapêuticos Singulares (PTS), integrados à rede e desenvolvidos de forma multiprofissional. Também contempla orientação contínua às famílias, reconhecendo seu papel essencial no processo de cuidado.

A neuropediatra Vanessa Helena Leite Mendes explica que a maior parte das crianças é encaminhada por atrasos no neurodesenvolvimento, principalmente de linguagem, alterações comportamentais e suspeita de Transtorno do Espectro Autista (TEA). ¿O objetivo é realizar diagnóstico precoce, identificar se há critérios para TEA ou até descartar. Em alguns casos, questões comportamentais estão mais ligadas ao ambiente e não a um transtorno da criança¿, pontua. Outros motivos frequentes de encaminhamento incluem agitação, agressividade, epilepsia, dores de cabeça e dificuldades de aprendizagem.

De acordo com Jodelle Machado, da coordenação da Atenção Primária à Saúde, após a primeira consulta as famílias participam de um grupo de três encontros com equipe multiprofissional. ¿Apresentamos a rede, conversamos sobre as terapias e fortalecemos o vínculo com a UBS. No terceiro encontro, o PTS é definido, e a família já sai sabendo como seguir o percurso dentro da rede de saúde do município¿, explica. A prioridade, segundo ela, é garantir o primeiro atendimento e o início do acompanhamento contínuo.

Entre os casos atendidos na UBS Vicentina está o de Ana Cristina Alves dos Santos, mãe de Arthur, 5 anos, diagnosticado com TEA nível 3 desde os dois anos ¿ condição que exige acompanhamento periódico e suporte multiprofissional, incluindo fisioterapia e fonoaudiologia.

Também foi atendido Eliseu, cujo pai, Robert Martins, relata que a família aguardava consulta há cerca de dois anos. O menino teve duas convulsões ainda bebê, aos seis e aos onze meses. ¿Fizemos consulta no Capilé e agora nos chamaram. Espero que tenhamos um andamento e que finalmente saibamos se ele tem algum problema ou não¿, afirmou.

Texto e foto: Monique Marcolin - Jornalista Mtb 12.741
Superintendência de Comunicação da Prefeitura de São Leopoldo

Compartilhe:

de

0

Leia notícias relacionadas