São Leopoldo está entre as cidades gaúchas contempladas pelo Governo Federal no novo pacote de investimentos de proteção contra enchentes. O prefeito Heliomar Franco e a diretora geral do Semae, Cacau Magnani, participam amanhã (26), às 16h, da cerimônia oficial com o presidente Luís Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto, em Brasília. Serão R$ 69,3 milhões destinados à construção da Casa de Bombas nº 07, além de intervenções de grande porte no sistema de valas e bacias de amortecimento na região do pôlder V - área considerada vulnerável a inundações, na comunidade Steigleder, no bairro Rio dos Sinos.

A expectativa é iniciar as obras em março de 2026. A nova casa de bombas ficará na saída da vala da Bacia Steigleder, local estratégico em frente ao atual galpão da Associação de Moradores do bairro, ponto crítico para o escoamento das águas pluviais da região. O investimento é proveniente do Fundo de Reconstrução do Rio Grande do Sul - FIRECE, criado em dezembro de 2024 como resposta às enchentes no Estado.

A primeira etapa da canalização e ampliação da vala do dique prevê a instalação de grandes módulos pré-moldados de concreto, iguais aos utilizados na canalização do Arroio João Corrêa, no bairro Vicentina. "Essa intervenção permitirá o aumento expressivo da vazão, melhorando o escoamento em eventos intensos de chuva", explica o prefeito. A intervenção também ampliará a capacidade de amortecimento, funcionando como reservatório temporário durante os picos de vazão; reduzirá o tempo de escoamento e diminuirá o refluxo de água para áreas baixas do entorno. De acordo com Cacau, a escolha por pré-moldados reduz o tempo de obra e garante maior durabilidade do sistema.

Quanto à Bacia de Amortecimento, segundo a diretora do Semae, a segunda fase envolverá a readequação e ampliação da bacia existente, que atua como área de contenção e desaceleração da água durante chuvas intensas. "É uma obra que vai mitigar alagamentos em áreas vulneráveis, como as partes mais baixas das Vila Brás, Steigleder e Vila Progresso", ressalta. "Essa requalificação permitirá que o sistema funcione de forma mais integrada com a futura casa de bombas". Maior capacidade de armazenamento temporário, melhoria da adequação hidráulica entre bacia, valas e diques são outros benefícios esperados.

Casa de Bombas - A Casa de Bombas nº 07 terá impacto direto no Santos Dumont, que atualmente depende de estruturas distantes para escoamento de águas pluviais e representará significativa ampliação dessa capacidade, reforçando o sistema de defesa contra cheias em pontos críticos do município. Indiretamente, a obra também beneficiará os bairros Rio dos Sinos, Campina, parte baixa do Scharlau e Santo Afonso, em Novo Hamburgo, que deixará de receber águas provenientes do Santos Dumont, reduzindo a sobrecarga sobre a Casa de Bombas do bairro.

A terceira etapa prevê a edificação completa da unidade 07, que contará com: quatro conjuntos motobombas, cada um com capacidade de 3 mil litros por segundo; capacidade total de bombeamento de 12 mil litros por segundo, posicionando a estrutura entre as mais potentes do município; sistema automatizado para operação conforme níveis de água, com redundância mecânica e elétrica.

Cronograma e licitações - a previsão é de que a licitação da primeira etapa seja lançada na primeira quinzena de dezembro de 2025. As demais fases - incluindo a construção da casa de bombas - serão licitadas conforme o andamento da primeira fase. O início das obras está programado para o final do primeiro trimestre de 2026.

Situação atual das casas de bombas de São Leopoldo:

Atualmente, o município é responsável pela operação e manutenção de cinco casas de bombas fixas, totalizando 21 bombas.

NºCasa de BombasAtivas
01Rodoviária02
02Ginásio04
03João Corrêa07
04Campina04
05Cerquinha04

Texto: jornalista Magali Schmitt ¿ MTb. 9159
Foto: Rodrigo Roland 
Superintendência de Comunicação da Prefeitura de São Leopoldo