Municípios articulam protocolo padrão para esporotricose
21/11/2023
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Créditos: Monique Marcolin

A Secretaria de Proteção Animal de São Leopoldo (Sempa) e o Conselho Municipal de Bem Estar Animal (Combem) realizaram uma reunião com secretarias e diretorias de bem-estar animal dos municípios de Estância Velha, Esteio, Novo Hamburgo, Sapucaia do Sul e Canoas para discutir coletivamente medidas necessárias para conter a propagação da esporotricose, uma doença que afeta animais e humanos. O encontro foi realizado, na Escola de Gestão Pública da prefeitura de São Leopoldo, na segunda-feira, 20 de novembro.
“Primeiramente houve um simpósio em Esteio que abordou o tema pela primeira vez aqui na região. De lá pra cá, nós reparamos que as coisas estão ficando mais agudas e não vemos nenhuma orientação mais efetiva por parte do governo do estado”, esclarece o secretário Walter Léo Verbist. A ideia é compartilhar as experiências de como cada município está enfrentando o problema com o objetivo de criar um protocolo padrão. “Não há uma normativa estadual que nos diga como proceder, estamos querendo unificar os procedimentos para que não haja discrepância entre os municípios”, ressaltou Verbist.
Os municípios de Canoas, Esteio e Sapucaia vão disponibilizar modelos de protocolos para padronizar as ações, respeitando as particularidades de cada local. Foi definida uma moção a ser encaminhada à Secretaria Estadual de Saúde, para que se manifeste quanto à criação de um protocolo estadual, bem como a disponibilização do medicamento para o tratamento dos felinos acometidos com Itraconazol. Em março de 2024, será realizado um novo encontro para discutir a evolução da doença nesses municípios.
Saiba mais
De acordo com a Fiocruz, a esporotricose é uma micose profunda provocada por fungos da família Sporothrix – encontrados na terra e em materiais em decomposição, como madeiras, galhos, folhas – e que pode afetar animais e humanos. A doença se manifesta quando há contato dos fungos com partes mais profundas da pele, por meio de um corte. Também conhecida como “doença de jardineiro” ou “doença da roseira” – porque era registrada somente em zonas rurais e em pessoas que lidavam diretamente com plantas ou terra –, passou a assumir outro perfil, especialmente em Regiões Metropolitanas, sendo hoje transmitida por gatos. O titular da Sempa esclarece que o gato não é o vilão. “Existe tratamento e tem cura, desde que se dê a medicação correta diariamente e tenha devidos cuidados de manuseio”, explica.
[Texto e foto: Monique Marcolin – MTb 12.741 |Scom/PMSL]
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