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Um seminário reunindo gestores e trabalhadores da área da saúde marcou o início de uma nova fase de qualificação e estruturação da rede de atenção psicossocial (Raps) de São Leopoldo. Nos últimos quatro anos, a Política de Saúde Mental do município avançou com a implantação de novos serviços, como o Núcleo de Apoio Matricial à Atenção Básica e a Unidade de Internação em Saúde Mental. Também foram qualificados equipamentos existentes, tanto no que se refere à complementação de equipes quanto à reorganização das estruturas físicas.

O projeto chamado de Raps Escola, que visa qualificação de servidores, foi conquistado pela equipe técnica da Secretaria da Saúde a partir de um edital de seleção das propostas realizado pela Secretaria Estadual de Saúde, que foi implementado em outubro em parceria com a Unisinos. As atividades já estão sendo realizadas pelos residentes na rede pública. Apenas 11 municípios no Rio Grande do Sul foram contemplados.

De acordo com a secretária da Saúde Paula Silva, a pauta da qualificação da saúde mental era recorrente nas reuniões do Conselho Municipal de Saúde. “No plano municipal de 2021 sentimos necessidade de reestruturar e planejar tecnicamente o Raps. Hoje temos equipes estruturadas, espaços físicos adequados. Reinauguramos unidade de saúde mental do Hospital Centenário. Quando o Estado lança o edital para o Raps Escola, era preciso atingir vários requisitos. E nós conseguimos. Essa nova etapa significa a consolidação de uma política pública de saúde”, ressaltou a titular da Semsad na abertura do evento.

A saúde mental do município é composta por três centros de assistência psicossocial (Caps): infantil, adulto, álcool e drogas AD, além da unidade de saúde mental do HC e de cinco núcleos multidisciplinares que atendem à cidade.

A diretora de Planejamento da Semsad, e uma das idealizadoras do projeto. Cristina Cannas, destacou que a Linha de Cuidado em Saúde Mental do município de São Leopoldo tem por objetivo estabelecer fluxos e diretrizes assistenciais claras para o acolhimento e o cuidado em saúde mental nos diversos pontos de atenção da rede. “Trata-se de uma ferramenta que se propõe a estabelecer o percurso assistencial ideal dos usuários pelos diferentes níveis de atenção, de acordo com as necessidades singulares e com planejamentos terapêuticos seguros. É importante lembrar que, para que as políticas se efetivem, é imprescindível que, enquanto trabalhadores da saúde mental do SUS de São Leopoldo, encarnemos nos atos cotidianos de trabalho a tarefa desafiadora da aposta no cuidado em liberdade”, reforçou.

Parceria com Unisinos

Decana de Escola de Saúde da Unisinos, a professora Denise Zaffari reforçou o papel social da universidade. “Ter editais aprovados não é fácil, a equipe de saúde está de parabéns. A universidade tem um compromisso com o desenvolvimento da cidade e da região. Estamos juntos nessa caminhada. Vamos trabalhar estratégias para a melhoria da saúde mental da população”.

Participaram da abertura o coordenador de Saúde Mental, Maroli Melo, a presidente da Fundação Municipal de Saúde (FMS) Liciane Dresch, a coordenadora da Divisão Acadêmica e de Políticas de Educação em Saúde/ ESP, Maria Antônia Heck, e pela médica Lisiane Bitencourt, do Núcleo Municipal de Educação em Saúde Coletiva (Numesc).

Texto e foto: Jornalista Romeu Finato - MTb. 12.042
Superintendência de Comunicação da Prefeitura de São Leopoldo