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Entenda como funcionam as bombas anfíbias, equipamentos utilizados para combater os alagamentos em São Leopoldo

03/07/2025

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Créditos: Pedro H. Tesch

Durante as chuvas que atingiram o estado em junho, São Leopoldo adquiriu mais duas bombas anfíbias para auxiliar no escoamento da água na cidade. Os equipamentos se tornaram importantes aliados no sistema de proteção contra cheias do município, gerando comentários entre a população e dúvidas sobre como ocorre seu funcionamento.

Para esclarecer as informações relacionadas ao funcionamento desses equipamentos, o engenheiro civil  do Semae, Ronan de Jesus, respondeu algumas perguntas:

São Leopoldo possui quantas bombas anfíbias?

Atualmente, São Leopoldo possuí 10 bombas anfíbias: 4 com vazão de 3.300 litros por segundo, chamadas de ¿super bombas¿, 2 com vazão de aproximadamente 1.000 litros por segundo e 4 menores, com vazão de 300 litros por segundo. O total de vazão é de aproximadamente 16.400 litros por segundo.

Como funciona uma bomba anfíbia?

A bomba anfíbia funciona submersa, como a que está na Vicentina, ou ela pode ser instalada fora, com a tomada de água dentro. Por isso ela é tão versátil, diferente das nossas bombas que ficam nas Casas de Bombas. Nesse caso, são equipamentos de eixo vertical e o motor não pode ser submerso, ele não pode molhar. As bombas anfíbias, por outro lado, mesmo que o nível da água fique elevado, ela continua trabalhando normalmente. É uma tecnologia mais atual e que exige menos manutenção.

Qual a importância das bombas anfíbias serem móveis?

Dependendo de onde ocorrer o acúmulo de precipitação, de água, nós podemos transferir esses equipamentos de um lugar para outro. Além disso, conseguimos compensar aqueles que estejam em manutenção ou tenham sofrido alguma avaria. Dessa forma, evitamos que haja perda na potência de vazão, impedindo possíveis alagamentos e inundações.

Há risco de entupimento das bombas anfíbias?

A bomba anfíbia tem um crivo que permite apenas a entrada de sólidos que conseguem passar no rotor do equipamento. Lógico, se tiver um acúmulo muito grande de lixo, pode não dar vazão suficiente para chegar na bomba, afetando seu rendimento.

Em caso de manutenção, como é realizado o reparo?

Nossas bombas anfíbias são produzidas por uma empresa que está sediada em São Leopoldo, o que nos coloca em uma condição muito favorável. Eles dominam essa tecnologia e prestam uma manutenção muito rápida.

O nível do Rio dos Sinos interfere de alguma forma no funcionamento desses equipamentos?

As bombas são para drenagem interna, do pôlder, ou seja, toda área protegida pelo dique. A região que está após o dique é área de várzea, área do rio. Desde que o rio não esteja extravasando por cima do dique, esses equipamentos vão funcionar porque a cota, a altura manométrica que nós chamamos, é justamente essa medida.  

Texto: Eduarda Toledo - Jornalista MTb.21.884
Foto: Pedro H. Tesch
Superintendência de Comunicação da Prefeitura de São Leopoldo
 

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