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Com apenas 13 anos, Amanda de Menezes já acumula quatro participações no Festival de Dança de Joinville, considerado pelo Guinness Book, o maior evento do mundo nessa categoria. A jovem é moradora de São Leopoldo e, este ano, foi à Santa Catarina representando a escola Ballet Davi Sgarbi, presente no município há três anos.

Amanda faz ballet desde os 5 anos de idade e aos 7 entrou para a ginástica artística. Atualmente, sua rotina é dividida entre os estudos, na Escola Municipal de Ensino Fundamental Gusmão Britto, e a paixão pelas duas práticas. O ballet ocupa seis dias da sua semana. As aulas ocorrem na escola Ballet Davi Sgarbi, onde estuda desde 2024.

"Ela é uma aluna muito dedicada e talentosa, faz aulas na turma de avançados, apesar da pouca idade. Este ano, em Joinville, ficou evidente, mais uma vez, que ela sabe que é uma bailarina e que essa é a vida dela, não medindo esforços para estar lá. Fico muito orgulhoso em ver que, de alguma forma, estou podendo ajudá-la a se desenvolver como artista e como pessoa", compartilhou o professor e proprietário da escola, Davi Sgarbi.

O sonho de Joinville

No último fim de semana, 26 e 27 de julho, Amanda dançou uma variação de repertório ¿Flowers Festival at Genzano¿, nos palcos do festival. As apresentações contaram com o apoio especial dos pais e da irmã, também bailarina, além do professor e amigos.

"Esse ano foi muito especial. Foi a primeira vez representando a escola Davi Sgarbi e também a primeira variação que dancei em sapatilha de ponta no festival. O público é sempre muito animado, vibram, aplaudem em pé. Cada ano é uma sensação única", declarou Amanda.

Apesar do nervosismo, comum em apresentações, o fato de ser veterana no evento auxiliou a bailarina. A sua primeira participação no festival ocorreu em 2022, quando ainda tinha 10 anos. Desde então, Amanda participou de todas as edições.

Um sonho atingido pelas enchentes

Amanda e a família fazem parte da população atingida diretamente pelas enchentes de 2024. A casa onde moravam, no bairro Rio dos Sinos, ficou submersa por 20 dias durante as cheias no município. Amanda perdeu todos os figurinos, sapatilhas e itens de dança. "Recuperamos alguns somente para fins de recordação. Foi um período muito difícil, mas a solidariedade e o amor dela pelo ballet deram ainda mais forças para seguir em busca dos seus sonhos", compartilhou a mãe, Ana Paula Menezes.

As águas não foram capazes de parar a jovem e, ainda em agosto deste ano, a bailarina irá participar no MUV Festival de dança de Sapiranga e começa sua preparação para o espetáculo da escola Ballet Davi Sgarbi, que será apresentado em dezembro, no Teatro Municipal.

"Quero seguir profissionalmente na dança e ensinar outras pessoas", declarou sobre os planos para o futuro. Amanda sonha em fazer cursos e intercâmbios, mas sempre com a intenção de voltar à São Leopoldo e, no futuro, abrir sua própria escola.

Texto: Eduarda Toledo - Jornalista MTb.21.884
Superintendência de Comunicação da Prefeitura de São Leopoldo