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A Secretaria de Assistência Social de São Leopoldo (SAS) realizou, na sexta-feira (15), a formatura do terceiro curso de qualificação para famílias acolhedoras. O serviço foi instaurado no município em 2022 e, desde então, já proporcionou lares temporários para 11 crianças e adolescentes. Com a conclusão da formação, a cidade passa a ter nove famílias aptas a oferecer esse sistema de acolhimento.

A entrega dos certificados de conclusão da formação foi realizada na sala de reuniões do gabinete do prefeito, que esteve presente ao lado da primeira-dama e secretária de Assistência Social, Simone Dutra. "Eu quero parabenizar vocês por essa atitude tão nobre. Receber essas crianças e mostrar a elas uma realidade diferente pode impactar positivamente no futuro delas e ser uma semente para que esse gesto se repita", declarou o Heliomar. "Admiro vocês por, mesmo sabendo ser algo provisório, acolherem essas crianças com tanto amor e afeto", complementou a primeira-dama.

O serviço de Família Acolhedora é uma alternativa às medidas de proteção do Juizado da Infância e Adolescência. Quando uma criança ou adolescente precisa ser afastado da família, ao invés de ir para um abrigo, existe a possibilidade de ser encaminhado a uma dessas famílias. Em São Leopoldo, o serviço foi regulamentado  em 2022 e a primeira qualificação ocorreu em 2024.

A Secretaria de Assistência Social é responsável pela gestão dos acolhimentos na cidade. Para participar, é necessário que a pessoa more em São Leopoldo, tenha no mínimo 18 anos, participe das formações, tenha disponibilidade afetiva e o apoio do seu núcleo familiar. Ao realizar a inscrição, é possível escolher o perfil de criança que deseja acolher. Além disso, o município também contribui financeiramente com os custos do menor acolhido.

Segundo a psicóloga do Serviço da Família Acolhedora, Ana Lúcia Nedel Paz, além de essencial, a formação também permite que os interessados compreendam melhor como funciona o serviço. "São realizados oito encontros presenciais onde as famílias podem tirar suas dúvidas e, mesmo após a formatura, essas pessoas são acompanhadas e a equipe técnica fica diariamente a disposição", explicou a profissional.

Rute Cantos, de 62 anos, é uma das pessoas que decidiu abrir o coração e a casa para crianças e adolescentes em vulnerabilidade. Ela criou sozinha cinco netos, mas contou que, mesmo com toda a experiência, o curso foi essencial. "Foi importante para que eu entendesse meus direitos e deveres, além de saber como receber eles. São crianças que chegam muito vulneráveis, precisamos estar preparados", compartilhou.

Famílias que desejarem ser lar temporário podem entrar em contato com a SAS pelo telefone (51) 2200 0598 ou e-mail sas@saoleopoldo.rs.gov.br.

Texto: Eduarda Toledo - Jornalista MTb.21.884
Foto: Douglas Dalua
Superintendência de Comunicação da Prefeitura de São Leopoldo