A Secretaria da Saúde realizou nesta sexta-feira, dia 17, uma ação na rua Independência sobre formas de prevenção e tratamento da sífilis, infecção sexualmente transmissível (IST) causada por bactéria. Profissionais do Serviço de Atendimento Especializado (Sae) da Prefeitura instalaram um estande em frente ao colégio Visconde de São Leopoldo para orientar a população sobre a doença.

Junto com a abordagem foi entregue material informativo com preservativos masculino e feminino. A testagem da sífilis é feita de segunda a sexta-feira no Sae e nas unidades básicas de saúde. A Vigilância em Saúde somou esforços e disponibilizou a unidade móvel de vacinação na mesma atividade.

"A sífilis uma doença que segue presente e muitas vezes demora para manifestar sintomas. Diante disso, a testagem é fundamental. Mulher que se torna gestante pode transmitir para o bebê a sífilis congênita. Isso pode gerar sequelas", salienta a secretária da Saúde Kelbe Gonçalves.
Em 2024, São Leopoldo registrou 153 casos de sífilis em gestante, 57 casos de sífilis congênita e 410 casos de sífilis adquirida. Até junho desse ano, foram 83 casos de sífilis em gestante, 33 casos de sífilis congênita, 244 da adquirida.

As ações fazem parte do Outubro Verde, mês que chama atenção para o combate à sífilis.

Sintomas

Sífilis primária: ferida, geralmente única, no local de entrada da bactéria (vulva, vagina, pênis, colo uterino, ânus, boca ou outro local da pele), que aparece entre 10 e 90 dias após o contágio. Essa lesão é rica em bactérias. Normalmente não dói, não coça, não arde e não tem pus, podendo estar acompanhada de ínguas (caroços) na virilha.

Sífilis secundária: os sinais e sintomas aparecem entre 6 semanas e 6 meses do aparecimento e cicatrização da ferida inicial. Pode ocorrer manchas no corpo, que geralmente não coçam, incluindo palmas das mãos e plantas dos pés. Essas lesões são ricas em bactérias. Pode ocorrer febre, mal-estar, dor de cabeça e ínguas pelo corpo.

Sífilis latente: fase assintomática (quando o paciente é portador da infecção, mas não apresenta sinal e/ou sintomas). É dividida em sífilis latente recente (até um ano de infecção) e sífilis latente tardia (mais de um ano de infecção). Sabe-se que a maioria dos diagnósticos ocorrem nesse estágio, sendo realizado exclusivamente por meio dos testes treponêmicos e não treponêmicos.

Sífilis terciária: pode surgir de 2 a 40 anos depois do início da infecção. Costuma apresentar sintomas como lesões cutâneas, ósseas, cardiovasculares e neurológicas, podendo levar à morte.

Texto e foto: Jornalista Romeu Finato - MTb. 12.042
Superintendência de Comunicação da Prefeitura de São Leopoldo